segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Beleza da Mulher na Arte

Os meus queridos leitores
e seguidores já perceberam
que de uns meses para cá
eu faço apenas uma nova postagem
por semana.
Isto se deve à falta de tempo
por conta de mudanças na minha vida.
Nesta semana, entretanto,
vou dividir com vocês alguns vídeos
que me foram enviados por minha
Tia Vivian, a quem dedico,
carinhosamente, esta semana no
blog da Beleza.


domingo, 30 de agosto de 2009

A Beleza da Flor de Jade


A primeira vez que eu a vi,
no dia 12 de Maio deste ano,
nos fundos de uma loja de flores em Brasília
quase perdi o fôlego
diante da sua incrível beleza e exuberância

Os vendedores não sabiam qual o nome
daquela trepadeira exótica ,
que eu só fui descobrir na semana passada,
numa dessas coincidências boas da vida,
que daqui a pouquinho eu vou contar
O nome dela é trepadeira Jade Vermelha
e na verdade, este é um nome pouco apropriado
tanto pela cor, que não tem nada a ver com jade,
quanto pelo gênero botânico
Ela pertece ao gênero Mucuna,
diferente da Trepadeira Jade,
que pertence ao gênero Strongylodon
A Mucuna de Flores Vermelhas
é mundialmente conhecida como Jade Vermelha,
é da família das leguminosas.
Suas flores são grandes e de coloração
vermelho escarlate brilhante,
e reunidas em enormes cachos pendentes,
de beleza sem igual
Originária da Papua Nova Guiné
é de crescimento vigoroso, com folhas compostas
de três folíolos ovais alongados
bem parecidas com as da Trepadeira Jade
E aí vem a estória da conicidência
que fez com que eu descobrisse
que planta era aquela que tinha me encantado
e que eu tinha fotografado para uma futura postagem...

Minha amiga Ana Helena trouxe-me
um cacho de uma trepadeira que ela
descobriu, maravilhada, no Hotel Brasília Alvorada
e que, diferentemente da loja de flores,
as pessoas souberam dizer que se tratava da Flor de Jade

Quando eu vi, imediatamente reconheci
aquela que tinha visto mas não sabia o nome.
Porém, pesquisando na internet,
no site da Dierberger Plantas,
descobri que as duas não são a mesma planta.

A Trepadeira Jade é a
Strongylodon macrobotothrys A. Gray,
nativa das Filipinas
e bem mais conhecida que as espécies vermelhas




Seus cachos longos,
de coloração azul esverdeada
a tornam única e incomparável,
e é uma das trepadeiras mais
admiradas e procuradas

Fiz essas fotos no pergolado da piscina

E enquanto estava lá admirando e fotografando
esta trepadeira fantástica,
recebi a visita de um beija flor
que infelizmente não fui rápida o
suficiente para fotografar




Ela floresce do início do inverno
até o fim da primavera!

Esta postagem é dedicada à minha
querida amiga Ana Helena!



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domingo, 23 de agosto de 2009

A Beleza do Descobrimento - Congéia

Enquanto a tormenta no Senado não passa,
dificultando a preparação da prometida postagem
A Beleza do Congresso Nacional,
passeando com amigos queridos
pela Península dos Ministérios,
descobrimos uma planta maravilhosa:

Congea Tomentosa


Nome popular:
Congéia ou Côngea

Família:Verbenaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Índia, Malásia, Burma, Tailândia
Ciclo de vida: perene

É uma trepadeira de ramagem lenhosa, ramificada,
conhecida no mundo todo devido a seu florescimento decorativo
A congéia é uma trepadeira muito vigorosa e exuberante,
com textura delicada.
Apesar de tropical, ela se encaixa em diferentes estilos de jardins
e pode cobrir cercas, grades, caramanchões, pérgolas,
pórticos e coroar muros.


Também pode ser conduzida como arbusto e cerca-viva.
As podas, realizadas após o florescimento,
auxiliam na formação e contenção da planta
e estimulam seu adensamento.
Os ramos floridos da congéia podem ainda ser utilizados
como flor-de-corte em buquês e arranjos florais.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil,
enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente.
Trepadeira tipicamente tropical, aprecia o calor
e não tolera geadas ou nevascas.
Em países de clima temperado deve ser protegida no inverno em estufas. Multiplica- se por estaquia ou alporquia, após o florescimento,
ou por sementes.

Suas folhas são elíptico-ovaladas, opostas, tomentosas (pilosas),
perenes, de cor verde clara e com nervuras bem marcadas.
No fim do inverno e início da primavera a congéia floresce,
exibindo numerosas flores brancas, pequenas e discretas,
mas cada uma circundada por três brácteas em forma de hélice,
muito vistosas e duráveis, que mudam de cor gradativamente,
do rosa para o roxo e posteriormente para o cinza,
ao longo de várias semanas.
A floração é tão densa e abundante que mal se pode ver a folhagem.

Dicas e analogias:

Quando plantadas em ramas,
respeitar 1m de distância mínima entre as ramas
O solo deve ser fértil
O sol deve ser pleno
A irrigação deve ser constante
Deve receber poda radical após a floração.

sábado, 15 de agosto de 2009

A Beleza da Lavação


Tudo começou quando eu li a postagem
do Diário de Bordo

a cerca antes

a cerca depois

Dentre os muitos comentários desta postagem
aparentemente tão simples,
chamou-me a atenção o comentário do sogrão
(rimou!)
que aqui reproduzo, e que alterou o original
que é "Louvação" do primeiro álbum de Gilberto Gil
e Torquato Neto (1967) para lavação:

"Vou fazer a lavação - lavação, lavação
Do que deve ser lavado - ser lavado, ser lavado
Meu povo, preste atenção - atenção, atenção
Repare se estou errado
Lavando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
E lavo, pra começar
Da vida o que é bem maior
Lavo a esperança da gente
Na vida, pra ser melhor
Quem espera sempre alcança
Três vezes salve a esperança!
Lavo quem espera sabendo
Que pra melhor esperar
Procede bem quem não pára
De sempre mais trabalhar
Que só espera sentado
Quem se acha conformado
Vou fazendo a lavação - lavação, lavação
Do que deve ser lavado - ser lavado, ser lavado
Quem 'tiver me escutando - atenção, atenção
Que me escute com cuidado
Lavando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Lavo agora e lavo sempre
O que grande sempre é
Lavo a força do homem
E a beleza da mulher
Lavo a paz pra haver na terra
Lavo o amor que espanta a guerra
Lavo a amizade do amigo
Que comigo há de morrer
Lavo a vida merecida
De quem morre pra viver
Lavo a luta repetida
Da vida pra não morrer
Vou fazendo a lavação - lavação, lavação
Do que deve ser lavado - ser lavado, ser lavado
De todos peço atenção - atenção, atenção
Falo de peito louvado
Lavando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Lavo a casa onde se mora
De junto da companheira
Lavo o jardim que se planta
Pra ver crescer a roseira
Lavo a canção que se canta
Pra chamar a primavera
Lavo quem canta e não canta
Porque não sabe cantar
Mas que cantará na certa
Quando enfim se apresentar
O dia certo e preciso
De toda a gente cantar
E assim fiz a lavação - lavação, lavação
Do que vi pra ser lavado - ser lavado, ser lavado
Se me ouviram com atenção - atenção, atenção
Saberão se estive errado
Lavando o que bem merece
Deixando o ruim de lado"

OK
Agora lá vou eu:

"Se você está pensando
que eu acabei acreditando
no que diz a rede Globo
não pense que sou bobo.

Eu me pergunto sem reserva
quem é que se preserva,
a quem é que interessa
que a gente fique bravo à beça.

Não que a limpeza seja inútil
mas a facilidade fútil
da certeza sem saber
só nos faz desmerecer.

Veja bem, preste atenção,
a quem é que interessa
que a gente lute em vão
por aquilo que nos engessa"


Lavar é preciso
mas mais necessário ainda,
é entender o que está nas entrelinhas
é pensar naquilo que não nos dizem
é refletir sobre o que querem que acreditemos.

Em breve neste blog,
A beleza do Congresso Nacional.

Sim, ela existe.


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A beleza do Recolhimento

Hoje eu fiquei assim:

Gripe, resfriado ou apenas uma inofensiva rinite
nesses dias loucos de gripe suína,
preferi não espirrar na rua!

que aliás, sugiro que todos conheçam...


domingo, 2 de agosto de 2009

A beleza da Dor - Frida Khalo


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Frida Khalo.
Pintora mexicana, das mais talentosas
do século passado.
Em seu centenário de nascimento,em 2007,
foi lançado o filme sobre a sua vida
estrelado por Salma Hayek

O filme ganhou o Oscar de Trilha Sonora
(com participação de Caetano Veloso)
e de maquiagem,

e tem cores fortes,
as mesmas com as quais ele pintava seus quadros.

Retrata a trágica vida pessoal de Frida,
mostrando o quanto ela adorava a vida
e ria da morte.
Para entender seus quadros
é preciso conhecer a sua história
de dor e de superação,
de amores intensos e trágicos.

Hoje, a casa em que nasceu e morreu,
a famosa Casa Azul ,
em Coyoacán, no México,
Vítima de um terrível acidente,
a dor de Frida foi retratada de forma a
marcar a sua obra.

Auto retrato de 1926

Aos 18 anos, o ônibus em que estava
juntamente com seu noivo Alejandro Gómes Arias,
chocou-se com um trem,
e a pancada foi exatamente onde estava o jovem casal.
Frida foi varada por um ferro,
que lhe atravessou o abdomen saindo pela pélvis.
Sofreu múltiplas fraturas, nas pernas, coluna e pés,
fez 35 cirurgias e ficou muito tempo presa a uma cama.

As cenas do hospital , os auto retratos ,
e as representações dos procedimentos médicos,
foram retratadas de forma a fazer o observador
partilhar de sua dor.
Auto retrato dedicado à Leon Trotsky
de 1937

Tela "A árvore da esperança"
de 1949

"Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o
assunto que conheço melhor"

Auto retrato com a foto do Dr. Farril
(médico que cuidou de Frida após o acidente)
de 1951

Auto retrato com os cabelos soltos
de 1947

Tela " O pequeno Cervo, de 1946"

"O que mais dói é viver num corpo que é um sepulcro
que nos aprisiona do mesmo modo que
a concha aprisiona a ostra"

Tela "O abraço de amor do universo, a terra (México),
Eu e o senhor Xolotl"
de 1949

Tela Hospital Henry Ford, de 1936

"Perdi 3 filhos e muitas outras coisas que teriam
preenchido a minha vida pavorosa.
Minha pintura tomou o lugar de tudo isto."

Quase imediatamente grávida após o nascimento de Frida,
sua mãe determinou que ela fosse amamentada
por uma ama contratada

Tela "O que a água me deu"
de 1937

"Não estou doente. Estou partida.
Mas me sinto feliz por estar viva enquanto
puder pintar"

Tela "Raízes"
de 1943

Tela "Um Pequeno Estreitamento"
de 1935

Auto retrato com roupa Tehuana
Tela "Diego está em minha mente"
de 1943

"Diego está na minha urina, na minha boca, no meu coração,
no meu sono, nas paisagens, na comida, no metal,
na doença, na imaginação."

Tela "As duas Fridas"
logo após o divórcio de Rivera, em 1939

Retrato do marido Diego Rivera
de 1937

Frida e Diego Rivera

Leon Trotsky
A família de Frida
Frida convalescendo após o acidente



Vestido de Frida
cheio de cores, tipicamente mexicano,
como ela gostava.

Frida queria ser a metáfora da transição entre o México
arcaico e a modernidade.
Era orgulhosa de suas raízes e não tinha sentimentos de inferioridade.
Foi uma adolescente metida a intelectual,
que discutia Hegel com seus colegas
e decorava versos de poetas russos.
Era osso duro de roer.

Não se deslumbrava com elogios
e manteve a cabeça erguida na dor.
Teve poliomelite na infância,
uma perna amputada e inúmeros abortos.

Viveu como um dia Diego recomendou a ela:
"Pega da vida tudo o que ela te der,
sempre que te interesse e possa dar certo."

Costumava dizer "que a tragédia é o mais ridículo que há,
e que nada vale mais do que a risada"

No diário deixou as últimas palavras:
"Que a partida seja uma festa e espero não retornar nunca mais"

A história dela é um convite à reflexão:
Até quando podemos suportar nossas dores?
Qual o limite de dor que podemos suportar?

Um sábio zen um dia disse:
A pior dor é a dor do crescimento.

Frida nos mostra com a sua história
que é melhor sentir dor
do que não sentir nada.