
Frida Khalo.
Pintora mexicana, das mais talentosas
do século passado.
Em seu centenário de nascimento,em 2007,
foi lançado o filme sobre a sua vida
estrelado por Salma Hayek

O filme ganhou o Oscar de Trilha Sonora
(com participação de Caetano Veloso)
e de maquiagem,

e tem cores fortes,
as mesmas com as quais ele pintava seus quadros.

Retrata a trágica vida pessoal de Frida,
mostrando o quanto ela adorava a vida
e ria da morte.
Para entender seus quadros
é preciso conhecer a sua história
de dor e de superação,
de amores intensos e trágicos.

Hoje, a casa em que nasceu e morreu,
a famosa Casa Azul ,
em Coyoacán, no México,
é o Museu Frida Khalo.
Vítima de um terrível acidente,
a dor de Frida foi retratada de forma a
marcar a sua obra.

Auto retrato de 1926
Aos 18 anos, o ônibus em que estava
juntamente com seu noivo Alejandro Gómes Arias,
chocou-se com um trem,
e a pancada foi exatamente onde estava o jovem casal.
Frida foi varada por um ferro,
que lhe atravessou o abdomen saindo pela pélvis.
Sofreu múltiplas fraturas, nas pernas, coluna e pés,
fez 35 cirurgias e ficou muito tempo presa a uma cama.

As cenas do hospital , os auto retratos ,
e as representações dos procedimentos médicos,
foram retratadas de forma a fazer o observador
partilhar de sua dor.






Auto retrato dedicado à Leon Trotsky
de 1937

Tela "A árvore da esperança"
de 1949

"Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o
assunto que conheço melhor"

Auto retrato com a foto do Dr. Farril
(médico que cuidou de Frida após o acidente)
de 1951

Auto retrato com os cabelos soltos
de 1947

Tela " O pequeno Cervo, de 1946"
"O que mais dói é viver num corpo que é um sepulcro
que nos aprisiona do mesmo modo que
a concha aprisiona a ostra"

Tela "O abraço de amor do universo, a terra (México),
Eu e o senhor Xolotl"
de 1949

Tela Hospital Henry Ford, de 1936
"Perdi 3 filhos e muitas outras coisas que teriam
preenchido a minha vida pavorosa.
Minha pintura tomou o lugar de tudo isto."

Quase imediatamente grávida após o nascimento de Frida,
sua mãe determinou que ela fosse amamentada
por uma ama contratada

Tela "O que a água me deu"
de 1937

"Não estou doente. Estou partida.
Mas me sinto feliz por estar viva enquanto
puder pintar"

Tela "Raízes"
de 1943

Tela "Um Pequeno Estreitamento"
de 1935

Auto retrato com roupa Tehuana
Tela "Diego está em minha mente"
de 1943
"Diego está na minha urina, na minha boca, no meu coração,
no meu sono, nas paisagens, na comida, no metal,
na doença, na imaginação."

Tela "As duas Fridas"
logo após o divórcio de Rivera, em 1939

Retrato do marido Diego Rivera
de 1937

Frida e Diego Rivera


Leon Trotsky

A família de Frida

Frida convalescendo após o acidente




Vestido de Frida
cheio de cores, tipicamente mexicano,
como ela gostava.
Frida queria ser a metáfora da transição entre o México
arcaico e a modernidade.
Era orgulhosa de suas raízes e não tinha sentimentos de inferioridade.
Foi uma adolescente metida a intelectual,
que discutia Hegel com seus colegas
e decorava versos de poetas russos.
Era osso duro de roer.
Não se deslumbrava com elogios
e manteve a cabeça erguida na dor.
Teve poliomelite na infância,
uma perna amputada e inúmeros abortos.
Viveu como um dia Diego recomendou a ela:
"Pega da vida tudo o que ela te der,
sempre que te interesse e possa dar certo."
Costumava dizer "que a tragédia é o mais ridículo que há,
e que nada vale mais do que a risada"
No diário deixou as últimas palavras:
"Que a partida seja uma festa e espero não retornar nunca mais"
A história dela é um convite à reflexão:
Até quando podemos suportar nossas dores?
Qual o limite de dor que podemos suportar?
Um sábio zen um dia disse:
A pior dor é a dor do crescimento.
Frida nos mostra com a sua história
que é melhor sentir dor
do que não sentir nada.