terça-feira, 19 de maio de 2009

A beleza do "quase"

Contagem regressiva para a conclusão da obra

26 de maio é o dia D

Era assim




e agora está assim...

Mas ainda não está pronto!


sábado, 9 de maio de 2009

A beleza do Mangai

Você sabe o que é Feira de Mangaio?

É no Nordeste que ela acontece, em Itabaiana,

pertinho de João Pessoa, na Paraíba.

E é uma daquelas feiras onde se vê e se vende de tudo:

verduras, comidas típicas, roupas, animais,

e o que mais você puder imaginar.

Foi como uma pequena bodega

que vendia produtos do sertão

como rapadura, queijo de coalho, queijo de manteiga,

carne de sol, frutas e verduras,

que o Mangai nasceu.

Com o tempo, passou a produzir

o queijo de manteiga na própria casa,

em dois horários do dia,

o que acabou atraindo muita gente

que queria desfrutar do sabor do queijo natural,

fresco e quentinho.

Algumas vezes, os clientes,

ao desfrutarem de um queijo de manteiga

saindo da fornalha, diziam:

– Mas que delícia de queijo, se tivesse um pãozinh..!

e aí, Dona Parea, fundadora do Mangai,

com toda proatividade que lhe é peculiar chamava:

-“Chega menino, dê uma “carrera”

e compra ali um real de pão para meu cumpadre”.

E logo em seguida, o cliente não satisfeito dizia:

- “Mas cumadre Parea, se tivesse um cafezin..! “.

Foi a partir de então que se passou a oferecer a ceia nordestina,

no final da tarde, pois se servia,

além do queijo feito na hora, a tapioca,

a pamonha, a canjica, entre outros poucos itens.

Sexta feira passada eu almocei no Mangai,

na filial de Brasília, que fica em uma grande casa

bem rústica, do tipo armazém de fazenda,

na beira do Lago Paranoá,

com uma linda vista para a Ponte JK.

Fiquei encantada com a decoração

com os detalhes, e o clima geral

de total descontração e criatividade.





Adorei a mandala de bonecas!

e a instalação montada em cima da laje dos banheiros
com uma rural acabada e animais e plantas do sertão.


O banheiro é muito bonito e como de resto,
super criativo, com as cubas apoiadas em
vasos de cerâmica e o encanamento de água
dentro de colunas de madeira de demolição.

Para todos os lados que se olhe
há detalhes criativos e super simpáticos !





Os lustres que aparecem na foto acima
são feitos de piões de madeira

e a cortina que divide os ambientes

é feita de favos crochetados em uma fibra natural,

que parece uma palhinha.

Tudo que é vendido no Mangai,

é produzido no Mangai.

E enquanto você almoça ou admira o lugar,

lindos, perfumados e maravilhosos

pães de macaxeira passeiam

em carrinhos, prontos para serem comprados

e levados para posterior deleite!

O buffet é impressionante:

17 metros de saladas,

10 metros de sobremesas,

e não sei quantos metros de pratos quentes,

mas são mais de 100 opções,

que vão da famosa buchada de bode

ao franguinho grelhado,

passando por carne de sol desfiada com nata,

escondidinho,

arrumadinho,

paçoca,

e outros pratos com nomes tão incríveis

que é impossível lembrar de todos!

E depois de um pratão desses,
a sobremesa que fica pendurada na parede,
é à vontade e grátis!

No caixa ficam expostos e à venda,

vários produtos do melhor artesanato nordestino

Na saída, a Dona Zefa oferece um cafezinho fresquinho,

com um sorriso permanente nos lábios,

ela nunca sai dali!

E depois de comer tanto

o feliz cliente pode descansar tranquilamente

em uma das redes do redário

instalado estrategicamente no extremo mais calmo

do varandão


O Mangai abre desde cedo para o café da manhã,

tem o buffet do almoço,

lanche da tarde e o buffet do jantar.

Definitivamente, é um lugar daqueles

que a gente não pode morrer sem conhecer!










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sexta-feira, 1 de maio de 2009

A beleza da avó


Quem tem ou teve uma ou duas avós,
dessas avós presentes na vida da gente,
dessas avós que sempre sabem
como fazer a gente se sentir melhor,
seja lá qual for a situação,
tem muita sorte!
Hoje é o aniversário da minha avó Nadir,
e embora ela já tenha ido para o céu,
ela está sempre bem viva na minha memória.
A minha avó Nadir era só minha.
Pelo menos era no que eu acreditava,
pois, sortuda como sou,
a primeira vez dela como avó foi comigo
e durante 4 anos inteirinhos,
ela foi só minha.
Depois eu fui obrigada a dividí-la com o meu irmão,
mas, egoísta como são as crianças,
eu não a dividi assim, honestamente ...
A minha avó Nadir era mágica,
mas eu nunca contei este segredo para ninguém.
E até hoje eu não consegui descobrir,
como é que ela sempre sabia o que fazer
para me dar exatamente o que eu precisava,
na medida certa, na hora certa e principalmente,
na dose certa.
Quando eu fiquei "mocinha",
foi ela quem descobriu e me disse que era só isso,
que não era o fim do mundo
e muito menos uma diarréia incontrolável e esquisita
que não dava dor de barriga nem enjôo,
que era o que eu pensava que estava acontecendo,
apesar das explicações e prevenções
da minha mãe sobre o assunto.
Quando eu roía as unhas até sangrar
era ela que fazia mingau de maizena para curar
as unhas e a ansiedade pré-adolescente,
porque pelo menos naquele momento,
ao comer pelas beiradinhas para não queimar a língua,
eu fazia um exercício de paciência e tolerância.
(confesso que o remédio era tão bom,
que muitas vezes eu exagerava no ataque
já pensando no mingauzinho!)
Quando eu quis aprender a jogar tênis,
foi ela quem patrocinou o uniforme e equipamento completos.
Tudo do jeito que eu queria, do modelo que eu queria,
para fazer o sucesso que eu imaginava que faria,
se tivesse aquela estampa.
Como correr atrás das bolinhas perdidas
não era bem o que eu tinha em mente,
não foi ali que nasceu uma atleta,
mas ela nunca disse uma única palavra de cobrança
ou de desapontamento.
E continuou incentivando e patrocinando
curso de inglês,
aulas de tricô,
e tantas outras coisas.
Quando aos 14 anos,
antes de uma viagem de férias
que eu faria com meus pais e irmão,
em que eu ia encontrar uma paixão platônica
que não via há muito tempo,
eu surtei achando que precisava emagrecer e perder "barriga",
era a Vó Nadir que ficava horas,
todos os dias,
sem nunca me tirar a esperança de conseguir,
segurando as minhas canelas
enquanto eu fazia abdominais sem fim...
Os encontros com os namorados,
aconteciam nas escadas do prédio dela.
Os telefonemas intermináveis ,
aconteciam na extensão do corredor da casa dela.
As chegadas depois das festinhas,
aconteciam na casa dela,
que invariavelmente estava esperando,
fosse a hora que fosse,
com a mesma cara boa de sempre,
um tricô nas mãos,
e os olhos pequenininhos de sono.
Uma das mais antigas lembranças que eu tenho de mim,
é em um inverno no Rio de Janeiro,
e eu loirinha e branquinha, fazendo o maior sucesso
vestindo um poncho vermelho, azul e branco,
que a Vó Nadir tricotou para mim.
Foi ela quem me levou ao cinema
para assistir "E o Vento Levou",
foi ela quem, com lágrimas nos olhos,
me falou pela primeira vez
do filme Luzes da Ribalta,
foi tocada no piano por ela,
que eu ouvi pela primeira vez Le Lac de Comme,
foi ela quem me levou para assistir
o meu primeiro concerto de orquestra sinfônica,
com o Arthur Rubinstein como solista.
Nas férias de verão na praia,
era uma delícia entrar na água com ela,
sentar na perna dela,
e cantar com ela
"ópe, ópe, ópe, vamos a galope..."
Aprendi a chapinhar com ela,
aprendi a fazer pudim de leite condensado com ela,
aprendi a fazer tricô com ela.
Ninguém jamais preparou um peixe à escabeche como ela,
nem o bacalhau do Natal,
e muito menos o bolão do bacalhau que sobra do Natal,
muito embora a minha mãe seja uma cozinheira e tanto,
e a minha tia Vivian seja bastante esforçada,
comida de vó é simplesmente inimitável,
porque comida de vó é alimento para a alma.
E eu sou mesmo uma pessoa de muita sorte
por ter tido o privilégio de ser neta dela!
Com o carinho e a gratidão que eu sempre terei,
Feliz Aniversário,
minha inesquecível e muito amada,
avó Nadir!