O mundo perdeu Zilda Arns
na tragédia do Haiti
Nascida em Forquilhinha (SC),
Zilda Arns residia em Curitiba (PR),
era viúva desde 1978, teve cinco filhos
(um já falecido) e dez netos.
Ela escolheu a medicina como missão e
enveredou pelos caminhos da saúde pública.
Sua prática diária como médica pediatra do
Hospital de Crianças Cezar Pernetta,
em Curitiba (PR), e posteriormente como
diretora de Saúde Materno-Infantil,
da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná,
teve como suporte teórico diversas especializações
como Saúde Pública,
pela Universidade de São Paulo (USP)
e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil,
pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS).
Sua experiência fez com que, em 1980,
fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin
para combater a primeira epidemia de poliomielite,
que começou em União da Vitória (PR),
criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.
Em 1983, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança
juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello,
Cardeal Arcebispo Primaz de Salvador, na Bahia,
que na época era Arcebispo de Londrina.
Em 2004, Zilda recebeu da CNBB outra missão semelhante:
fundar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa.
Atualmente mais de 129 mil idosos são acompanhados
todos os meses por 14 mil voluntários.
Pelo seu trabalho na área social, Zilda recebeu condecorações tais como:
Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007;
o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA),
pelo inovador programa de saúde pública
que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006;
Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002);
1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000);
Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho
em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988);
Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997);
Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994);
títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
Universidade Federal do Paraná,
Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma,
Universidade Federal de Santa Catarina
e Universidade do Sul de Santa Catarina.
Dra. Zilda é Cidadã Honorária de 10 estados e 35 municípios
e foi homenageada por diversas outras Instituições,
Universidades, Governos e Empresas.
Mas Zilda Arns é mãe de bem mais
do que seus 5 filhos biológicos:
Ela é mãe de cerca de 95 mil gestantes
e avó de mais de 2 milhões de crianças
com menos de 6 anos de idade.
O que dizia Zilda Arns:
"Amar é acolher, amar é compreender.
Amar é fazer o outro crescer."
Esperamos agora, que o Presidente Lula
aceite a sugestão do Governador do Paraná,
Roberto Requião,
e indique esta que viveu e morreu
ajudando os mais pobres,
ao prêmio Nobel da Paz.
6 comentários:
Lina homenagem Ana.
Realmente é uma perda irreparável e uma morte que é difícil de aceitar. Tragédia sem precedentes...
Um beijo,
Sâmar
oi ana! uma mulher exemplar, em todos os sentidos... fará muita falta por aqui. bjs, querida!
Ana, bela homenagem a esta mulher que nos ensinou muito e que com certeza vai deixar sudades. Bjs.
A biografia da Drª Zilda fala por si só! Lamentável sua perda! Os bons se vão, os não tão bons ficam por aqui! Mistérios indecifráveis do destino!
Foi lamentável a perda da Dra. Zilda Arns. A Pastoral da criança é a maior prova da dedicação dela aos mais indefesos. Realmente a Dra Zilda Arns vai fazer falta entre nós.
Bela postagem Ana
Luiz
Ana,
a Sra Zilda was a remarkable woman, I wish there were a lot more people like her in the world...
The very same day of this terrible distatser in Haiti, I buried my father here in Sweden.....this year has started off most sadly.
Com abraco,
Ingela
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