








Para perceber o tempo, a busca, a paciência da árvore, temos que perceber sua estrutura.

E é aqui, na velha Europa, que ela se impõe à vista, sobretudo no inverno, nos galhos nus, geométricos, pungentes de pura forma. Aqui também é que a intervenção humana é mais patente, talvez por causa da impaciência humana com essas formas complicadas e improváveis.
Então impõe-se ao traçado da árvore um limite geométrico e perceptível, útil, justificável.
E assim ela nos pertence, pois somos nós que lhe damos a forma que a faz existir.
Árvores cortadas, suprimidas, ignoradas – no Brasil.
Árvores em linha reta, podadas, mutiladas, civilizadas – na Europa.
Fico me perguntando, com muita pena, se não vai haver nunca um olhar humano digno da majestade das árvores que nos acolhem na superfície do planeta.

E às vezes me pergunto, com alguma esperança, se um dia perceberemos o perigo de suprimir assim uma certa forma de vida, de não atentarmos para o traçado do tempo na longa vida das árvores.
Um comentário:
Beautiful tree collection!
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