domingo, 7 de março de 2010

A Beleza de Invictus

Acabei de ver o filme que retrata
o momento em que Nelson Mandela
é eleito Presidente da África do Sul
nas primeiras eleições multi-raciais
daquele país dividido pelo apartheid.

No filme, Mandela revela ao
jovem capitão do Time de Rugbi,
que durante os seus piores momentos
na prisão, ele buscava inspiração
e força neste poema:

Invictus

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini

Créditos:



7 comentários:

Ivo e Fátima disse...

Aninha

A veleza desse filme é impressoinante, em todos os sentidos.

Se não soubessemos que os fatos lá retratados são reais, certamente teríamos comentado: "só no cinema para inventarem uma história dessas - vê se é possível...".

A força motivadora desse homem, a sua capacidade de esquecer o passado só pensando no bem a ser alcançado no futuro, deveria ser o Norte a ser almejado por todos, principalmente pela classe política que nos governa.

Beijos (no Gafa, abraços)

Ivo

Ivo e Fátima disse...

Ana Solinelza

Se me permite um comentário adicional, a recente hiper-produtividade (tem hifen ou não tem hifen?) do blog da beleza não nos permite saborear adequadamente tudo que ele nos oferece.

Você ainda está em extase com o último post (sim, porque esse blog é como os bons vinhos, você o deve degustar aos poucos, lendo, relendo, se deleitando com as imagens), quando é surpreendido por mais duas postagens, uma em seguida da outra!!!

Vamos fazer o seguinte - no máximo duas postagens por semana, separadas por ao menos 3 dias uma da outra...

Bejos (no Gafa, abraços) e me desculpe pela indevida intromissão na tua criatividade.

Ivo

Ana Balbinot disse...

Ivinho,
Em primeiro lugar eu fico super envaidecida em saber o quanto você aprecia meu blog! Muito obrigada! Eu realmente faço com os olhos da beleza, com amor para os meus amigos.
Vou aceitar a sua sugestão, acho que você, como o mais assíduo dos meus leitores, merece toda a minha atenção, sem que isso seja de forma alguma, uma intromissão na minha criatividade, pois nada impede que quando eu tenha surtos produtivos como os de ultimamente, eu deixe os posts programados para serem publicados posteriormente, hehehehe!
Beijos nos 2

Luiz Borges disse...

É um paradoxo a opressão. É como uma ostra hermeticamente fechada em uma casca de intransigência absoluta e perversa. Mas assim mesmo produz em seu interior as pérolas mais belas e raras. No caso da África do Sul, Mohandas K. Ghandi em seu tempo de simples advogado e Nelson Mandela em seus quase 30 anos de prisioneiro.
Uma vez aberta a Ostra, sua Pérola é vista e jamais esquecida.

Ana Balbinot disse...

Filósofo! UAU! Adorei a profundidade do seu comentário!
Muito obrigada pelo carinho e apoio de sempre!
Beijos

Anônimo disse...

Ana.

Biólogo/Professor, vou percorrendo páginas e páginas. Além da boa leitura, busco divulgar o espaço Verde Vida, que trata da causa ambiental.

Seu blog é plural, inteligente e sensível. O post é uma oportuna homenagem a Nelson Mandela. Parabéns!

Felididades em sua jornada!

Ana Balbinot disse...

Muito obrigada por sua visita e seu comentário, Cláudio! Ficarei muito feliz com sua presença aqui!
Felicidades para você também